Seu navegador não tem suporte JavaScript! Morre, aos 76 anos, o físico britânico Stephen Hawking – Instituto Humanus

Morre, aos 76 anos, o físico britânico Stephen Hawking

Hawking enxergava além do seu tempo!

Além do seu consagrado e revolucionário legado para a humanidade, que me dá prazer em dizer que sou humano e deficiente físico, este cientista consagrava outro gênio inglês Willian Shakespeare parafraseando uma célebre frase de Hamlet: “Eu poderia viver recluso numa casca de noz e me considerar rei do espaço infinito”. Foi exatamente isto que este cadeirante fez – através da física quântica, viajou por todo o Cosmos e certamente esteve onde nenhum home com sua total capacidade física e mental jamais, jamais esteve até então.

Podemos dizer: Ironia da vida, um deficiente viajou, sozinho, onde ninguém jamais esteve. Hoje, aos 76 anos esta luz da humanidade se apagou entre nós, consumado por uma doença degenerativa (esclerose lateral amiotrófica), com a qual conviveu desde a sua juventude.

Hawking ficou mundialmente famoso como cientista, porque vivia recluso em uma cadeira de rodas computadorizada sem poder mexer o seu corpo franzino e atrofiado. O que para muitos seria o fim, para ele foi um instrumento que permitiu que sua mente ficasse cada vez mais liberta, vívida e através da matemática iniciou uma viagem além das fronteiras da humanidade. Stephen também adorava Isaac Newton, sendo que ocupou sua cadeira na Universidade de Cambridge até 2009. Parafraseando Newton ele dizia: “Se vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes” .

Hawking era tradutor da linguagem do universo, levando para os leigos as suas complexas teorias com uma linguagem fácil e cativante. Isto o transformou em um “Pop Star” do mundo científico moderno. Seu primeiro Best Seller , “Uma Breve História do Tempo” (1988), teve mais de 10 milhões de cópias vendidas, nesta obra, ele trata de teorias como a do princípio quântico da incerteza, supercordas e buracos negros. Mas foi com a Teoria do tudo que popularizou Stephen e o fez chegar até os cinemas.

Como deficiente físico, ele proferiu uma célebre frase que serve para todos que estão sofrendo de doenças degenerativas, sendo: ” não importa o quão ruim a vida possa ser, há sempre algo que se possa fazer e ter sucesso”.

Aos 65 anos, Sthepen realizou um dos seus maiores sonhos o de flutuar e sentir uma liberdade que o seu corpo não sentia há muito tempo. A experiência só foi possível graças a um voo a jato da Nasa que simula ausência de gravidade para treinamento de astronautas.

O tradutor da universo escreveu que os cálculos matemáticos servem para nós podermos compreender o universo, mas no fundo é a simplicidade de um desenho simples que o revela para a humanidade. Um bom exemplo é que Hawking usou a metáfora de uma bola de sinuca solta na borda de um lençol esticado para mostrar como se dá a curvatura do espaço-tempo, onde o lençol é a dimensão espacial e temporal. Já a bola de sinuca é um corpo denso, como uma estrela, que perturba essas dimensões. “Agora, imaginem soltar na borda uma bolinha de gude, ela vai girar no lençol abaulado e se aproximar da bola de sinuca, como um planeta orbitando o seu sol. E, se no lugar da bola de sinuca colocássemos uma bola infinitamente densa? Um buraco se formaria, do qual nem a matéria nem a energia escapariam – este fenômeno é conhecido como buraco negro”. Com esta simples explicação o tradutor do Universo explicou e materializou uma das mais complexas teorias físico/matemáticas do universo.

Hawking superou muitas barreiras que para muitos teria sido o fim. Em 1985, enfrentou uma pneumonia que o levou a se submeter a uma traqueostomia, que o fez que perdesse a voz. Mudo, quase paralisado, passou a necessitar do auxílio da tecnologia assistiva para se comunicar com as poucas partes do corpo que conseguia mexer. Através de um software Equalizer, conseguia sintetizar a sua voz com o toque dos dedos. A partir de 2005, não podia mais contar com os movimentos dos dedos, passou então a usar os músculos da bochecha para controlar o sintetizados. Este ser humano serviu para desenvolver as maiores tecnologias assistivas,s endo que em 2013 a Intel cedeu para Hawking um aparelho que rastreia o movimento dos olhos do cientista para gerar palavras. Passando por todas estas limitações, a reclamação do físico era uma só: ” para quem a vida seria trágica sem diversão”, era a de que o “sintetizador dava um sotaque bem americano aos seus discursos”.

Diversão não faltou na vida de Hawking, suas limitações físicas foram superadas por sua força de vontade indômita, pela tecnologia e ficção. “Minhas expectativas foram reduzidas a zero quando eu tinha 21 anos. Tudo, desde então, tem sido um bônus, afirmava o cientista. Em 1993, ele pode finalmente jogar cartas com Newton, Einstein e Data. em um episódio da série Star Trek – The Next Generation – meu sonho está realizado, uni o futuro e o passado nas minhas teorias e estive com os representantes máximos da história humana – replicou Stephen.

Um exemplo de vida para ser seguido, um homem que deixou um legado para a ciência e uma marca de superação para o dia a dia das pessoas com deficiência. Stephen seu corpo estava preso, mas sua mente vagava por entre as sensibilidades mais apuradas da ciências, das artes, da humanidade, enfim da vida.

Stephen Hawking-  8 de janeiro de 1942 –  14 de março de 2018

Rodolfo Sonnewend

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